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categoria: Reportagens

Pessoas com deficiência no Brasil: o que os dados oficiais nos dizem?

Ilustração em degradée com a palavra Reportagem e o logotipo da Liz.
Publicado em: 07/10/2021
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De acordo com o Censo 2010 - o último realizado pelo IBGE -, quase 7% da população brasileira possui deficiência em enxergar, ouvir, caminhar e subir escadas ou apresenta deficiência intelectual - o que equivale a cerca de 13 milhões de pessoas.

A mais recente Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) - também elaborada pelo IBGE e divulgada em agosto deste ano (2021) - revelou o tamanho da lacuna educacional desse contingente da população brasileira: 67% não tinham instrução alguma ou tinham apenas o ensino fundamental incompleto. Entre as pessoas sem deficiências, esse porcentual é de 30%.

A obtenção de dados sobre crianças e adolescentes com deficiência na população é imprescindível para promover o acesso à Educação Básica por meio da formulação e execução de políticas públicas, como, por exemplo, o Plano Nacional de Educação, que determina:

“Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados” (PNE, decênio 2014/2024, meta 4).

Em 2020, segundo o Censo Escolar, o Brasil tinha 1,3 milhão de crianças e jovens com deficiência na Educação Básica. Desses, 13,5% estavam em salas ou escolas exclusivas, e 86,5% estudavam nas mesmas turmas dos demais alunos. Em 2005, o cenário era inverso. Das 492.908 pessoas com deficiência matriculadas, a maioria (77%) permanecia em espaços exclusivos para alunos com necessidades educativas especiais — apenas 23% eram incluídas nas salas regulares.

Fontes:

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